A rotatividade de técnicos no Brasil e o papel invisível que faz tudo funcionar

O treinador é, sem dúvida, um dos profissionais mais ameaçados do futebol.

Enquanto diretoria e jogadores desfrutam de estabilidade, o técnico vive permanentemente na corda bamba — e o Brasileirão 2025 deixa isso mais evidente do que nunca.

Até o início de outubro, 18 dos 20 clubes da Série A já trocaram de comando.

Muitos dos demitidos, inclusive, assumiram outros times da própria competição, alimentando a já conhecida “dança das cadeiras” do futebol brasileiro.

Mas o principal vilão dessa instabilidade tem nome: o tempo.

Com um calendário cada vez mais apertado, sobra pouco espaço para treinos táticos, recuperação física ou assimilação de novas ideias de jogo.

E quando o resultado não vem rápido, o roteiro é previsível: o treinador paga a conta.

O papel invisível que mantém o futebol funcionando

Nesse cenário, o analista de desempenho assume um papel essencial — ainda que, muitas vezes, invisível.

É ele quem dá sustentação ao trabalho técnico, oferecendo informações qualificadas que ajudam o clube a tomar decisões mais racionais em meio ao caos.

Mais do que coletar dados, o analista é o elo entre o campo e o gabinete, traduzindo o jogo em números, padrões e insights estratégicos.

Na hora da troca de comando, sua atuação é ainda mais determinante:

  • Apoia a diretoria na escolha do novo treinador, avaliando compatibilidade tática e estilo de jogo;
  • Garante uma transição fluida, apresentando relatórios detalhados sobre o elenco, valências e pendências individuais dos atletas;
  • Mantém a coerência de processos, evitando que o time “comece do zero” a cada mudança.

Em outras palavras, enquanto os holofotes estão sobre o técnico, o analista de desempenho é o engenheiro silencioso que mantém a estrutura de pé.


A nova era da análise no futebol

O futebol moderno exige interpretação, contexto e método.

Os clubes que enxergam o analista como parte estratégica — e não apenas como um operador — estão um passo à frente.

O analista moderno é mais do que um observador: é um construtor de decisões.

E é dele que depende boa parte da estabilidade (ou instabilidade) técnica de um clube ao longo da temporada.

Quer entender como essa engrenagem funciona de verdade?


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Jéssica Nunes
Jéssica Nunes
Artigos: 11

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